Comida Saudável
Carapau na folha de bananeira
Carapaus tem carne escura como a do atum e da sardinha e são deliciosos. Comprei dois pequenos exemplares no Mercado da Lapa na sexta-feira, limpei bem e congelei. Foram eles o nosso almoço no domingo de trabalho.
Quando temos um domingo ocupado não me vem à cabeça sair para comer e muito menos pedir comida por telefone. Acho mais fácil meter alguma coisa na água, no forno, na brasa ou no vapor. Claro, o pré-preparo tem que ser rápido, mas o tempo que vai demorar para ficar pronto não importa pois este tempo uso para trabalhar nas minhas obrigações. É só ficar com o timer do lado do computador para não esquecer da vida e deixar queimar a comida.
Então o que fiz no domingo foi descongelar os peixes e logo temperar. Como ainda não estavam totalmente descongelados quando resolvi temperar, fiz uns cortes na pele para apressar o processo e ao mesmo tempo segurar o tempero que fiz assim: soquei no pilão 2 dentes de alho, 1 pimenta dedo-de-moça picada, sem semente, 1 colher (chá) de sal, umas 4 folhas de alfavaca e umas 4 colheres (sopa) de folhas de coentro. Soquei bem até virar uma pasta uniforme. Juntei gotinhas de limão, misturei e temperei os peixes. Deixei pegar gosto por cerca de 2 horas. Pouco antes de servir e de começar preparar os acompanhamentos, coloquei um braseiro pequeno de barro no quintal, enchi de carvão, joguei álcool por cima, risquei um fósforo e voltei para a cozinha. Coloquei numa panela água, sal, duas bananas da terra cortadas em pedaços, rodelas de cará e batata doce e levei ao fogo para cozinhar por cerca de 20 minutos. Refoguei com alho, cebola, pimentões e pimenta um pouco de milho novinho e feijão de corda verde já pré-cozido que também tinha congelado. Enquanto estes pratos cozinhavam, reguei os peixinhos com um pouco de urucum líquido e azeite, enrolei os dois em folha da bananeira, amarrei com barbante e coloquei sobre o carvão que já ia vermelho. Depois de uns 10 minutos as folhas já estavam queimando e eu virei o pacote, deixando assar por mais cinco minutos. Juntei ao feijão um pouco de dendê que trouxe do Senegal, temperei com salsinha, corrigi o sal e, pronto, o almoço está servido. Tudo combinou, achei. Coloquei a sobremesa também na grelha enquanto almoçávamos, nhac. Deixamos a louça suja e comemos satisfeitos as maçãs já no quintal. Delas falo depois e volto ao trabalho.
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