Comida Saudável
Quiche de caruru verdadeiro ou quiche de bredo com queijo de leite de cabra
Peguei de uma calçada, perto de uma praça, onde ele crescia feliz. Aqui, já limpo e pronto pra ir à panela.Este é mais um dos matinhos que encontro aqui no meu bairro nas calçadas. Em São Paulo ninguém dá nada por eles, mas na Bahia é chamado de bredo e vendido nas feiras. Não sei se o hábito é arraigado, mas pelo menos vi pra vender na feira de São Joaquim, em Salvador. E a Eliana que trabalha comigo diz que na cidade dela, Santa Luz, na Bahia, o bredo também é usado como verdura pra fazer caldo. Um caldinho de frango com temperos e bredo. Fica a sugestão.
Também conhecido como amaranto-verde, bredo-verdadeiro, caruru-bravo, caruru-de-mancha, caruru-miúdo, caruru-de-soldado, caruru-verdadeiro ou caruru-verde, o
Amaranthus viridis L., como se vê pelo nome, é parente do amaranto do qual comemos as sementinhas. Só que desta espécie, o bom mesmo são as folhas que lembram as de espinafre. Há outras espécies do gênero
Amaranthus com vários usos na fitomedicina, mas, como diz o autor do Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos,
Jorge Alonso, "La mayoría de las especies de amaranto se consumen como hortalizas y hierbas para guisar. En el caso de
Amaranthus caudatus y
A. hypochondriacus revisten imiportancia por sua elevados niveles de proteínas". Então, não sou eu quem está inventando de comer mato. Meus pais já comiam e outros povos latino-americanos o fazem. Por isto, resolvi preparar uma quiche como uma de espinafre. Adaptei uma massa já dada aqui na quiche de cogumelo do eucalipto, por sua vez adaptada de outra receita ótima da Elvira, do blog Elvira´s Bistrot.
São Paulo tem destas coisas As folhinhas já despetaladas e higienizadas com hipocloritoQuiche de bredo ou quiche de caruru com queijo de cabraMassa1 ovo
1 pitada de sal ou a gosto
75 g de manteiga gelada
150 g de farinha de trigo
Para o recheio2 colheres (sopa) de manteiga
Meia cebola picada
50 g de folhas de caruru limpas (lavadas e higienizadas com desinfetante de verduras)
2 colheres (sopa) de salsinha picada
3 ovos
200 g de creme de leite gelado, sem o soro ou creme de leite fresco
100 g de queijo de leite de cabra duro ralado grosso
1 pitada de pimenta-do-reino
1 pitada de noz-moscada
Sal a gosto
Prepare a massa: numa tigela, misture o ovo com o sal e a manteiga ralada em ralo grosso (ou cortada em cubinhos minúsculos). Numa bancada coloque a farinha, faça uma cova no meio e despeje aí o ovo com a manteiga. Vá colocando farinha por cima e amassando devagar com os dedos até formar uma massa homogênea (não se deve trabalhar demais a massa para não estimular a formação do glúten e deixá-la dura e elástica ? ela deve ficar maleável). Se precisar, junte um pouco de água (vai depender do tamanho do ovo e da umidade da farinha). Molde uma bola com a massa, coloque num saco plástico e guarde no congelador por 15 minutos. Preaqueça o forno a 180 ºC. Entre duas folhas de plástico, estenda a massa com um rolo até ficar com mais ou menos 2 milímetros de espessura. Forre com ela uma forma refratária de 23 centímetros, sem untar (se quiser, forre a forma ajeitando a massa até as bordas com os dedos) e leve ao forno. Deixe assar por 7 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.
Prepare o recheio: numa frigideira, derreta a manteiga, junte a cebola picada e deixe dourar em fogo alto. Coloque as folhinhas de caruru e refogue com um pouco de sal até que fiquem macias. Junte a salsinha picada e espere esfriar. Numa tigela, bata os ovos com o creme de leite, o queijo ralado, a pimenta-do-reino, a noz-moscada e sal a gosto. Misture tudo com a verdura refogada.
Finalizando: distribua o recheio sobre o fundo preassado. Leve ao forno preaquecido a 200 ºC, e deixe assar por aproximadamente 40 minutos ou até o recheio ficar firme e dourado. Sirva com salada de folhas verdes.
Rende: 8 porções
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