A serventia de um cavalete de candidato
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A serventia de um cavalete de candidato


Enquanto andava pela calçada da praça com a Dendê e pensava nos estragos da seca, nas verduras e temperos que deixei plantados em Piracaia e que certamente padecerão com a falta de umidade, tropeço em algo que quase me levou ao chão.  No meu estreito caminho onde não há espaço para dois  pedestres havia um candidato a vereador em cavelete caído.  Depois de xingar pros ares, eureca, estava ali o fim da agonia para minhas mudas recém plantadas.  Era a salvação da lavoura. De uma bem pequena, convenhamos, mas de grão em grão...  

Catei o cavalete e levei o candidato para casa debaixo do braço, com a sorte de não ser vista por nenhum vizinho, afinal quem acorda no domingo às sete?  Munida de tira-grampos e alicate, foi só arrancar com cuidado o plástico reforçado com fios de nylon, que também tem muitas utilidades,  e substituí-lo por sombrite. Estava aí um sombreiro móvel ideal para proteger mudas na horta, no jardim, sobre vasos, com a vantagem de poder ser mais ou menos fechado, dependendo do tamanho da muda. E de mudar de posição conforme a inclinação do sol.  Claro, mesmo com o plástico, o cavalete serve para muita coisa, mas quem quer ficar olhando para a cara do sujeito. Marcos sugeriu virá-lo ao contrário, com o candidato para a parte interna. Então tá. 

Ananda me ajudou a elencar alguns usos: para secar toalhas no quintal, levar à praia e cobrir só a cabeça quando quer dourar o corpo em partes, cobrir as caixinhas de abelha, servir de abrigo de cachorro, fazer casa de boneca para crianças, etc. Como o trombolho é leve, basta colocar uns sacos de areia nos pés. O plástico pode ser usado para forrar a mesa quando se lida com jardinagem, fazer sacolas,  colocar entre o colchão e o lençol de criança mijona, usar como forro impermeável para toalha de piquenique,  entre tantas outras possibilidades. 

Ontem, coincidentemente,  saiu no Estadão uma matéria sobre a porqueira que estes cavaletes tem sido para a cidade e depois pude ver em vários pontos da cidade cavaletes caídos, chutados, rasgados, talvez pelo adversário, talvez pela militância paga. O fato é que se encontrar de novo outro candidato atrapalhando meu caminho, eu pego pra mim, que lá no sítio vai ter muita serventia. 






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