Bolinho de cará-moela ou cará-do-ar
Comida Saudável

Bolinho de cará-moela ou cará-do-ar


Sou apaixonada por cará-moela. Não especialmente pelo sabor quase a alcachofra ou pela textura de batatas,  mas pela rusticidade e durabilidade. Já tem mais de um mês que um tanto deles foram colhidos do quintal e ficaram numa cesta. Alguns, dei de semente, outros comi na sopa. Guardei alguns para replantar e eles já começam a lançar brotos.  Se quiser saber mais sobre esta espécie, é só procurar aí do lado, na caixa de buscas. Já falei bastante no Come-se sobre eles.

Diferente das batatas que apodrecem logo, que lançam brotos e verdejam as cascas tornando-as impróprias para o consumo por causa da solanina,  os carás moelas dificilmente apodrecem ou germinam antes da hora (na primavera, aí sim!). Ficam imutáveis como pedras durante meses. E são rústicos também no cultivo. É só jogar um na terra e ele se arranja, logo lançando descendentes.

Bolinho de cará-moela: como tinha alguns carás sobrando, resolvi fazer bolinhos inspirados naquelas coxinhas de batata de Limeira, aproveitando que sobrou também um pouco de pernil assado de ontem. Foi só cozinhar os carás - do branco e do roxo,  em água com um pouco de sal até que ficassem molinhos. Escorri, espremi ainda bem quente e pesei (deu 130 g). Juntei então 1 colher (sopa) de farinha de mandioca bem fininha e gomada, baiana. O fato de o cará estar bem quente é fundamental para que cozinhe um pouco a farinha e ajude a dar liga - por isto cozinhei sem as peles. Temperei com sal e amassei bem. Se a sua massa ficar um pouco seca, é só juntar um pouco de leite. A minha não precisou. Dividi em bolas de 35 gramas e recheei com o pernil assado bem picado e temperado com mais salsinha picada.  Abri cada bolinha com os dedos, como se faz para rechear coxinha ou quibe, coloquei o recheio, selei bem e ajeitei com as mãos para que os bolinhos mantivessem o formato esférico.  Fritei em bastante óleo bem quente e ...

Nhac!




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