: Esses feijões, com tipo de grão diferenciado, não saíram totalmente de circulação, mas tiveram seu mercado reduzido com a evolução do cultivo do feijão tipo carioca, a partir da década de 70, diz o pesquisador Leonardo Cunha Melo, da Embrapa Arroz e Feijão. "Feijões com tipo de grão roxo, rosinha, rajado, mulatinho, jalo, entre outros, ainda são encontrados em feiras e supermercados, embora em menor escala. Eles têm mercado fiel." Segundo Melo, os programas de melhoramento de feijão continuam a desenvolver novas cultivares com esses tipos de grão, com maior resistência a doenças e alta produtividade. "O objetivo da pesquisa é tornar esses feijões mais atraentes tanto para o consumidor como para o produtor, e, assim, garantir sua permanência no mercado", afirma o pesquisador. Embrapa, tel. (0--62) 3533-2168 Eu também tenho andado atrás destes feijões e muitos outros. Por onde ando, procuro grãos regionais nos mercados e quase sempre não vejo mais que dois ou três tipos nas gôndolas - o carioquinha que monopolizou geral e o preto popular, muitas vezes argentino. De vez em quando, o fradinho. Jalo, rosinha, roxinho, nas cidades grandes, em embalagem diferenciada e preço, idem. Os de corda, nos mercados populares. Aliás, só nos mercados municipais e feira de produtores é que encontramos alguma diversidade mais. De resto, pura monotonia. E sorte ainda haver produtores que resistem à sedução de produtividade e mais caldo na panela (promessa que o carioquinha cumpre). De Porto Alegre e Antonio Prado - RS, trouxe apenas estes (menos os dois últimos). Mas só por lá há mais de 100 variedades, segundo um produtor da Cooperativa Aecia.
Em sentido horário, primeira fileira: feijão sopinha, feijão miúdo (fradinho), feijão-de-lima (olho de cabra), branco pintado, feijão vermelho. Segunda fileira: feijão praia, feijão cavalo, feijão-de-lima claro (olho-de-cabra), feijão-de-corda miúdo, feijão-arroz. Terceira fileira: feijão mouro, feijão-amendoim, feijão amarelo, feijão manteiguinha e feijão fradinho. Feijão manteiguinha de Santarém com bacalhau, no restaurante Dom Francisco, em Brasília
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