Paleta de porco assada
Comida Saudável

Paleta de porco assada



Antes que envelheça, deixo a receita da paleta de porco que levei ao último piquenique. Uma opção menor ao pernil, que cabe nos fornos comuns (aqui, uma paleta que chamei de pernil e ali um pernilzão mesmo) e garantia de sucesso em dias de festa ou jantares em casa para muita gente.
A despeito do longo tempo que demora para ficar pronto, opto por pernil ou paleta sempre que não vou ter tempo de ficar pilotando o fogão de pertinho. Todo o trabalho é feito pelo próprio tempo, o da marinada, e pelo forno que ficará ligado por longas horas. De resto, é fazer um acompanhamento como um purê ou incrementar o molho com ameixas, cebolas, pimentões. E está pronto para ir à mesa fazer bonito.
Como o pernil assado, ou que seja paleta, pede pão francês, pedimos para o Claudio trazer pão quentinho da padaria Dara, que faz o melhor da Lapa. Não sobrou nada.
Não tem muito segredo fazer carne de porco assada em forno lento e eu indico mesmo para quem não tem prática alguma com carnes ou pratos familiares. E anotei tudo o que usei, de modo que ainda que faça modificações a seu gosto, se respeitar o forno lento e o sal, duvido que dê errado.
Como queria levar quentinho para o piquenique que costuma começar lá pelas 11 da manhã, deixei temperada de véspera e embalada em saco plástico bem colado, para que o tempero não ficasse disperso e acordei às 4 da manhã para colocar no forno. Se tivesse acordado às 5, que era a intenção, também teria dado certo, mas a sabichona aqui achou que não precisava de despertador, que acordaria naturalmente no horário escolhido (isto já foi assim, acredite). Acontece que acordei a uma da manhã, depois às duas, às três, às três e meia, três e trinta e nove, três e quarenta e cinco, até que, às quatro, morrendo de sono, resolvi levantar, colocar de vez a paleta no forno e voltar a dormir o sono dos justos sem preocupações. Acordei naturalmente por volta das sete, como de costume, e fui fazer o pão.
Paleta de porco assada
1 paleta de porco de 2,5 kg (comprada fresquinha no box 20, do Mercado da Lapa)
1 colher (sopa) de sal
Suco de 1 limão tahiti
1/2 xícara de água
Ervas que encontrei no jardim, mas poderiam ser outras (3 folhas de sálvia, 1 galhinho de alecrim, 3 folhas de alfavaca, 9 folhas de manjericão, 2 folhas de laranjeira)
1 folha de louro
3 dentes de alho
1 colher (chá) de grãos de coentro
1 colher (chá) de grãos de cominho
1 colher (chá) de pimenta calabresa (mas poderia ser 1 pimenta dedo-de-moça inteira)
1 colher (chá) de pimenta-do-reino
Fure a paleta com a ponta de uma faca. Coloque-a dentro de um saco plástico bem grosso (pode ser conseguido no próprio açougue). Coloque todos os outros ingredientes no liquidificador e bata bem até estar tudo triturado. Despeje o tempero sobre a paleta, revirando o saco várias vezes para o tempero ir entrando nos furos. Feche o saco e passe por todo ele um filme plástico para que não sobre espaço para o tempero se dispersar. No outro dia, passe a paleta para uma assadeira funda, cubra com papel alumínio ou com outra assadeira e leve ao forno bem baixo (no meu forno é o último nível, que marca 180 graus). Deixe lá por cerca de 5 horas ou até que enfiando um espeto de metal na carne até o osso escorra um líquido bem claro e não vermelho. Neste ponto a carne deverá estar bem macia. Deverá restar algum líquido na assadeira. Se não, junte um pouco de água e deixe diluir os resíduos. Deixe destampada no forno mais alto para dourar a superfície. Passe o líquido para uma frigideira e junte cebolas, pimentões, sementinhas de mostarda, ameixas deixadas antes de molho ou o que mais quiser. E nhac! Com batatas assadas, pão francês ou só uma salada de folhas. Depois tome um cafezinho com hipocrisil e estará tudo certo, tudo perdoado.
Rende: cerca de 10 porções




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