Prata, amigo da casa, não deixou escapar nem as pitangas do alto
No domingo fomos a Tatuí, cidade da música, do conservatório e dos parentes do nosso amigo Jotagê. Era aniversário de 18 anos do Felipe, filho dele e da Magali e rolou um churrasco pra lá de bom, com música de viola e muita cantoria (família de músicos). O dia estava bonito e deu para comer pitanga direto do pé, como sobremesa. No amplo quintal dos fundos, Dona Dora, mãe do Jota plantou umas ararutas, que trouxe de longe pra mostrar para os filhos e parentes a cultura esquecida que povoa suas lembranças de menina, quando comia mingau e bolo de araruta. Mas tem lembrança também dos dedos arranhados no ralador. Vi os pezinhos por acaso junto a outros matos. Desconfiei, perguntei e ela se espantou de encontrar alguém que conhecesse a planta. Na volta, vimos uma sorveteria Frutas do Cerrado. Paramos e nos fartamos, já que não conheço ainda a loja da Vila Mariana. Segundo a vendedora, ali o preço (massa - R$ 3,50 e picolé - R$ 2,00) é a metade do cobrado em São Paulo. Então, aproveitei para trazer um isopor cheio de potinhos de sorvete de creme nos sabores pequi, buriti, mamacadela, mutamba, graviola, cajamanga, araticum, mangaba e gabiroba. Não provei todos ainda, mas até agora não me decepcionei com nenhum. São deliciosos, trazem o gosto da fruta sem retoques.
Os pezinhos de araruta ainda brotando Sorvetes Frutos do Cerrado - em Tatuí