Cada coisa a seu tempo
Comida Saudável

Cada coisa a seu tempo


Hoje, 15/07/2014, completam-se 4 anos desde que ouvi falar sobre dieta paleolítica pela primeira vez. Tudo começou com o email de um amigo (o Murilo), que por sua vez me encaminhou o email de um amigo dele (o Ben). O conteúdo era mais ou menos assim:
Assunto: Estranho mas interessante: o estilo de vida paleolítico

De: Ben 
Hmmm.... Francis Heylighen é agora o terceiro dos meus amigos a se converter à dieta e estilo de vida "paleolíticos", e relata melhoras fantásticas na saúde, alegria e energia... Ele até escreveu um texto sobre isso: http://ecco.vub.ac.be/?q=node/127
Eu ainda não fui convertido, mas é um conceito interessante e que parece ter fundamentação científica decente.
Eu praticamente não conhecia o Ben... Fui funcionário da empresa dele entre 1999 e 2001, e se trocamos meia dúzia de palavras nesse tempo, foi muito - mas sabia que era um cara altamente inteligente. O amigo dele, o Francis, já era conhecido entre outras coisas, por projetos que interligavam a evolução da cognição, do pensamento e os sistemas cibernéticos emergentes. 

Pela indicação, achei que valia a pena ler o texto. E li. Naquele momento foi plantada uma sementinha na minha cabeça: a de que para ter a saúde que nossos ancestrais tinham, devemos comer o que eles comiam e nos exercitar como eles se exercitavam.

No entanto, levou tempo para a semente brotar. Entre julho/2010 e março/2013, passou-se um bom tempo no qual pensei sobre começar a implementar o que tinha lido, encarei a preguiça de começar algo novo e me conformei com o sofrimento de ter azias diárias, pés rachando, barriga pulando para fora da calça e falta de fôlego para brincar com a minha filha.

"A fruta só dá no tempo certo", como dizia o meu falecido amigo e mestre de capoeira, Angelo Decanio Filho. No meu caso, levou quase 3 anos - mas a semente brotou, e aqui estou eu. Sempre que lembro disso, me lembro automaticamente das palavras do Yamamoto Tsunetomo:

"Há algo a ser aprendido com uma tempestade. Quando confrontado com uma chuva repentina, você tenta não se molhar e corre pela rua. Ao fazer coisas tais como passar sob as marquises das casas, ainda assim você se molha. Quando você decide o que fazer desde o início, você não vai ser surpreendido - embora fique molhado da mesma maneira. Esse conhecimento se estende a todas as coisas".

Quando você toma uma decisão consciente e sabe exatamente quais serão suas privações e limites, o seu sofrimento é minimizado. Não adianta chorar o leite derramado, mas certamente consigo fazer do resto da minha vida um tempo melhor :-D

O texto do artigo do Francis está traduzido logo abaixo. O original está aqui.



Bem-Estar Evolucionário: O modelo paleolítico


por Francis Heylighen

Uma filosofia evolucionária tem implicação direta para um estilo de vida feliz e saudável. Ao compreendermos como nós humanos evoluímos, teremos um entendimento muito melhor de como podemos funcionar otimamente.

A seleção natural moldou nossos corpos e mentes para a vida como caçadores-coletores (CC) paleolíticos. Os hominídeos tem vivido desta maneira por milhões de anos após divergirem dos chimpanzés. A agricultura só surgiu cerca de 10.000 anos atrás no Oriente Médio, e ainda mais tarde na maioria das outras partes do mundo. Por conseguinte, nossos genes ainda não tiveram o tempo de se adaptarem ao estilo de vida de fazendeiros ou trabalhadores industriais: eles ainda nos preparam para uma vida de caçada e coleta.

Isso significa que há uma falta de adaptação fundamental entre o nosso estilo de vida atual e aquele que os nossos genes esperam. Tal discordância pode explicar uma miríade das chamadas "doenças da civilização": doençar coronária, obesidade, câncer, diabetes, Alzheimer, depressão, estresse crônico, ansiedade, TDAH, etc. Estas doenças desnecessariamente degradam corpo e mente, enquanto reduzem significativamente a nossa expectativa de vida e senso de bem-estar.

Pelo lado positivo, esta noção agora nos permite melhorar nossa qualidade de vida. Primeiro precisamos melhorar o conhecimento de como os nossos ancestrais paleolíticos viviam. Então poderemos escolher os elementos daquele estilo de vida que são mais apropriados para se adotar nas circunstâncias presentes. Como sumarizado abaixo, existe literatura extensa e rapidamente crescente sobre mudanças na dieta, exercício e contato com a natureza que são inspiradas pelo estilo de vida paleolítico. Muitos dos quais comprovadamente aumentam nosso bem estar, apesar de que mais testes empíricos são, é claro, necessários.

A vida como uma aventura



Há um aspecto no estilo de vida CC que recebeu relativamente pouca atenção, um aspecto que eu chamei de "a vida como uma aventura": a vida de um caçador-coletor é uma sequência de desafios maiores e menores, positivos bem como negativos, com a característica principal de que a maioria deles é imprevisível, de curta duração, e de tipos e intensidades extremamente distintos. Em contraste, as sociedades agriculturais e industriais prescrevem uma vida altamente regulada, na qual as tarefas e deveres são previsíveis, constantes, uniformes e regrados.

Enquanto os desafios dos CC podem ser muito estressantes (por exemplo: fugir de um urso, cair de uma árvore ou cruzar um rio gelado), o estresse é tipicamente agudo. Ou seja, intenso e de curta duração (de segundos a horas). O disparo da adrenalina é seguido brevemente por uma sensação prazerosa de alívio. O estresse da vida moderna, por outro lado, é tipicamente crônico - isto é, de baixa intensidade e longa duração (de semanas a anos). Exemplos são esperar por um relatório de avaliação, preparar uma tese de PhD, ou suportar os engarrafamentos diários. Isto produz níveis continuamente altos do hormônio do estresse, o cortisol, que tende a degradar músculos, suprimir o sistema imune e promover a obesidade, ansiedade e depressão.

A abordagem modern para enfrentar desafios é baseada em formular objetivos de longo prazo, planejamento detalhando para alcançá-los, disciplina e regularidade na implementação dos planos, e um forte senso de dever de maneira a se manter no caminho e aderir ao plano. Isso gera uma preocupação constante sobre se você está fazendo a coisa certa.

Caçar e coletar, por outro lado, não pode depender de planejamento, pois é impossível prever precisamente onde ou quando uma oportunidade significativa (por exemplo, uma presa para matar ou frutas para coletar) ou um perigo (por exemplo, um predador) serão encontrados. Isso leva a um estilo de resolução de problemas muito mais espontâneo e oportunístico, caracterizado por coisas como intuição, improvisação, exploração, adaptação e brincadeira.

Há muitas evidências de que esse estilo mais brincalhão do estilo de vida CC é o que o nosso cérebro foi selecionado para fazer, e no qual ele é melhor. Ainda mais, aplicar ess estilo de vida estimula o cérebro e corpo a desenvolverem-se. Por outro lado, suprimir essa característica, ao ater-se a regras e deveres imutáveis, produz estresse crônico e seus  problemas de saúde subsequentes. Isso significa que seríamos mais felizes, saudáveis e eficientes se pudéssemos viver mais à maneira caçadora-coletora.

Isso pode parecer inocente e utópico, mas o presente estado da nossa ciência, tecnologia e economia permite perfeitamente tal atitude mais relaxada. A atenção estritamente disciplinada às regras pode ter sido necessária para construir a riqueza que agora temos. Mas hoje em dia, nossa tecnologia tornou-se tão poderosa que podemos delegar alguns tipos de atividades às máquinas. Seguir regras precisamente é exatamente aquilo no que as máquinas são boas, enquanto os aspectos mais criativos, "aventureiros" e intuitivos da resolução de problemas são melhor deixados para os humanos.


A prescrição paleolítica


Aqui está um sumário das mudanças de estilo de vida recomendadas para atingir a saúde e felicidade de um caçador-coletor:

1) coma muito das comidas que os CCs comiam: carne, peixe, legumes, verduras, frutas, castanhas, ovos... Preferencialmente de fontes naturais. Elas contém altas concentrações de todos os nutrientes importantes que o corpo precisa para crescer e se reparar: proteínas, gorduras, carboidratos (em quantidades relativamente pequenas), vitaminas, antioxidantes, minerais e fibras. Não é necessário contar calorias: com essas comidas você vai ficar satisfeito rapidamente, construir músculos e eventualmente perder gordura (especialmente em combinação com exercícios)

2) evite comidas queos CCs não comiam: todos os tipos de produtos baseados em grãos (pão, arroz, milho, sucrilhos, massas...), açúcares, laticínios, a maioria dos óleos vegetais e comidas altamente processadas cheias de aditivos, tais como biscoitos, donuts, doces ou hamburgueres. Estas comidas contém em sua maioria, calorias vazias, mas muito poucos nutrientes, e frequentemente são cheias de "anti-nutrientes" (substâncias que tendem a interferir com o seu metabolismo).

Particularmente perigosas são as comidas com alta "carga glicêmica", ou seja, que contêm muitos carboidratos facilmente digestíveis que são rapidamente convertidos em níveis altos de glicose no sangue. Isso leva à liberação de insulina, que promove o armazenamento da glicose sob forma de gordura. A ativação crônica deste processo produz a "síndrome metabólica", que é a precursora da maioria das "doenças da civilização", incluindo obesidade, diabetes, doença coronária, câncer inflamação crônica e Alzheimer.

3) "pule" as refeições de tempos em tempos: CCs não comiam em horários fixos ao longo do dia, e às vezes ficavam com fome por um ou mais dias, e então compensavam fazendo uma "festança" com uma refeição enorme. A prática do jejum intermitente sem redução no total calórico ingerido comprovadamente melhora de maneira significativa uma variedade de indicadores de saúde tais como colesterol, glicemia, triglicérides e obesidade.

4) mova-se regularmente de acordo com o princípio da variação da lei das potências: bastante descanso; muita atividade de baixa intensidade tal como andar, pedalar ou nadar; atividade regular de média intensidade e de tempos em tempos, um pico curto de atividade de alta intensidade como fazer sprints, saltar ou levantar pesos pesados.

Evite treinamento repetitivo de alta intensidade como correr ou musculação muitas horas por semana: tal sobretreinamento degrada ao invés de construir tecido muscular, não é saudável a longo prazo, e de qualquer forma é tedioso e difícil de manter pelo resto da sua vida. Maratonas e exercícios extremos similares em particular são contra-indicados: o esforço aeróbico contínuo usa as proteínas da massa múscular, inunda o sangue com radicais livres e com o hormônio do estresse, cortisol, e dá ao corpo o sinal de armazenar mais gordura como reserva de energia para exaustão futura.

5) faça os seus exercícios os mais variados e interessantes possíveis, tirando inspiração dos movimentos que os CCs ou crianças tendem a fazer: escalar, arremessar, equilibrar, pular, rastejar, levantar, carregar, lutar... Ao invés de usar máquinas de  exercícios que só permitem um tipo de movimento, use uma variedade de objetos, tais como pedras, cadeiras, troncos de árvores, etc, para erguer, empurrar ou puxar: a variedade de forças estimula o corpo e o cérebro a tornar-se mais coordenado, te torna mais preparado para algo inesperado, e assim aumenta a sua sensação de estar no controle.

6) gaste tanto tempo quanto possível em meio à natureza (exercitando-se ou relaxando), ou pelo menos altere o seu ambiente para que ele pareça mais "natural" (por exemplo, colocando plantas no seu escritório, ou um poster com paisagem de floresta). Dezenas de estudos sobre biofilia (nossa atração atávica pela natureza) mostraram que isso melhora a saúde mental, felicidade e recuperação de doenças.

7) tome sol regularmente (sem conseguir uma insolação, é claro): luz do sol é necessária para a nossa pele produzir vitamina D, o que de acordo com pesquisas recentes desempenha um papel muito mais vital do que se imaginava anteriormente - por exemplo, no suporte do sistema imune, na prevenção do câncer e na construção de ossos fortes. Ainda mais, a falta de luz solar já foi demonstrada como causa de depressão.

Isso é particularmente importante no inverno, quando a luz solar tende a ser fraca. A falta de vitamina D resultante e a imunidade reduzida explicam o motivo da "temporada de gripe" tipicamente estender-se durante os meses mais escuros.

8) exponha seu corpo aos elementos: caminhe (ou mesmo corra) descalço, use o mínimo de roupas ou material de apoio, tome banhos frios e quentes (ou saunas), não tenha medo de sair quando o tempo estiver ruim... O corpo humano não é feito apenas para resistir a esses estresses físicos, ele é estimulado por eles a se tornar mais forte.

Por exemplo, andar descalço fortalece músculos, tendões e a coordenação geral, reduzindo a probabilidade de desenvolver problemas agudos ou crônicos, tais como pés chatos, lesões de joelho ou dores nas costas. Banhos frios demonstradamente estimulam o sistema imune, enquanto saunas promovem a liberação de "proteínas de choque térmico" que protegem e reparam danos nas células do corpo.

9) não tenha medo da sujeira: sociedades modernas tendem a ser obcecadas por higiene, e nos lembram de constantemente lavar, limpar, tomar banho e desinfetar. Entretanto, nosso sistema imune precisa aprender a distinguir patógenos perigosos de germes inócuos e das nossas próprias células, e a efetivamente combater os patógenos. Para alcançar isso, ele precisa ser exposto a uma variedade de microorganismos comuns. Sem tal exposição desde uma idade jovem, você será mais propenso a desenvolver alergias, doenças auto-imunes e um sistema imune mal-preparado para os germes realmente perigososo (a hipótese da higiene). 

Mais ainda, produtos típicos usados para a higiene, tais como sabões, xampus, desodorantes e anti-sépticos, são cheios de químicos irritantes e potencialmente tóxicos. Micro-organismos comuns do solo, por outro lado, vivem simbioticamente na nossa pele e intestinos, ajudando a nos proteger de doenças sérias. As epidemias tipicamente não espalham-se pelo contato com a "sujeira", mas através de interações sociais (tais como inspirar o ar que alguém expirou um minuto atrás) ajudadas por sistemas imunes enfraquecidos.

10) brinque, explore e tente coisas novas: não deixe a sua vida ser governada por rotinas, planos, regras ou expectativas, mas experimente novos desafios e explore novos lugares, idéias, atividades e coisas, de uma maneira espontânea e lúdica. A melhor inspiração pode vir de como as crianças brincam e explorarm, sempre prontas para tentar algo novo. Isso é garantia de que você constantemente aprenda novas habilidades e esteja pronto para aproveitar oportunidades inesperadas, enquanto aumenta ao invés de erodir o seu senso de capacidade física e mental. Novos desafios e uma atitude lúdica, acima de tudo, são um poderoso antídoto contra a monotonia, preocupação e depressão.

11) descanse, relaxe ou durma sempre que sentir necessidade: o seu corpo e mente precisam de tempo para recuperarem-se dos esforços, repararem os estragos e construírem novas capacidades. Se você puder evitar, não se force a seguir uma rotina fixa: você não vai ficar mais produtivo ao trabalhar mais horas e estar constantemente em guarda - ao invés, vai exaurir suas reservas. Uma boa noite de sono, um jogo relaxado ou uma conversa com amigos, ou férias divertidas, vão aumentar sua energia e criatividade, tornando-o muito mais produtivo no longo prazo.

12) esteja no presente: pare de ficar pensando constantemente sobre o passado ou o futuro - planejamento, preocupação, sentimento de culpa ou estar preocupado em geral com qualquer coisa que não seja aqui e agora. Experiencie e saboreie inteiramente a vista, os sons, cheiros e sentimentos que te cercam.

Se isso te é difícil, você pode procurar ajuda na meditação ou exercícios de ioga para aquieter e focalizar sua mente. Alternativamente, você pode procurar desafios que produzem "fluxo" (como a maioria das formas de exercício ou brincadeira em estilo paleolítico). Estes vão efetivamente manter a sua atenção focada na atividade em si (mas podem deixá-lo menos aberto a outras experiências).

O resultado dessas intervenções deve ser fácil de ver em pouco tempo: mais energia, menos estresse, músculos mais fortes, menos gordura, níveis reduzidos de glicose, insulina, inflamação e triglicérides, melhor humor, melhor aparência física, menos doenças, melhor coordenação, mais auto-confiança... Em resumo, você vai rápida e significativamente tornar-se mais saudável e feliz graças ao paradigma evolucionário!

Perceba que implementar todas essas pode ser complicado e difícil. Entretanto, você pode querer ir devagar, começando com umas poucas mudanças aqui e ali. Isso não é problema: qualquer passo na direção certa (especialmente trocar as comidas altamente glicêmicas por comidas ricas em proteínas e antioxidantes, e mudar para um estilo paleolítico de exercício) já vai te deixar sentindo-se significativamente melhor, e então motivado a dar mais passos na mesma direção.

Também leve em consideração o fato de que seu corpo pode não estar preparado para algumas das mudanças mais drásticas, tais como exercícios de alta intensidade, corrida descalço, ou exposição prolongada ao sol ou frio. Apenas aborde isso lentamente, passo a passo, para gradualmente aumentar a sua resistência...

Finalmente, não nos esqueçamos de:

13) cuidar da próxima geração: mantenha as crianças pequenas sempre em contato próximo com um cuidador (mais frequentemente, mas não sempre, a mãe). Isso significa um bocado de pegar no colo e carregar, acariciar ou amamentar, e deixá-los dormir na mesma cama (ou ao menos no mesmo quarto). Por outro lado, permita-os explorar e brincar livremente à medida que crescem e sentem-se com coragem para se afastarem. Essa criação estimulante mas também permissiva é como os CCs cuidam de crianças. É também a base para a "teoria do apego" que é necessária para o desenvolviemnto social e emocional mais tarde, incluindo os sentimentos de moralidade e compaixão.

Manter os bebês fora da vista de um cuidador (por exemplo, em um quarto separado) é intrinsecamente muito estressante para eles, e absolutamente anti-natural da perspectiva de um CC: bebês paleolíticos não poderiam sobreviver sem atenção contínua de outros. Por outro lado, manter as crianças mais velhas restritas a um lugar "seguro" (tipicamente a sua casa, playground ou escola) suprime seu impulso natural de explorar, exercitar-se e experimentar e a sua necessidade de contato com a natureza, enquanto dá a eles a mensagem de que o mundo é um lugar intrinsecamente assustador. Muitos estudos mostram que brincadeiras não-estruturadas na natureza são altamente benéficas para crianças.

Para mais detalhes sobre estas recomendações, eu referencio abaixo uma extensa lista de artigos, livros, websites e vídeos que desenvolvem tais temas, e proveem a evidência científica.

Websites


Bons pontos de partida são os seguintes:


  • O site do Arthur De Vany's sobre condicionamento físico evolucionário. De Vany é um economista e teórico da complexidade que aplicou sua compreensão das leis de potência para se exercitar - uma filosofia muito inspiradora, conforme sumarizada em seu ensaio sobre condicionamento físico evolucionário e um artigo no Sunday Times. Infelizmente, você precisa pagar uma inscrição para ter acesso à maior parte do material.
  • Mark's Daily Apple: o site do Mark Sisson, com uma filosofia muito similar à do De Vany e com toneladas de material gratuito sobre comida, exercício, saúde e estilo de vida. A única desvantagem, comparado a De Vany, é que Sisson não é um cientista - mas cientificamente, suas recomendações são sólidas e baseadas em bastante pesquisa.
  • The Paleo Diet: o site feito pelo time do Loren Cordain, que é um dos mais ativos e respeitados pesquisadores sobre dieta paleolítica e seus benefícios
  • Movnat: o método de exercícios do Erwan Le Corre de "mover-se naturalmente/mover-se na natureza", inspirado por princípios paleo. Le Corre, descrito em um artigo de revista como "o homem melhor condicionado do mundo", não é um cientista, mas sua abordagem é baseada em extensa experiência e reflexão profunda, e convence pela elegância intuitiva dos movimentos que ele demonstra em seus vídeos (veja abaixo). Aqui está outro artigo de revista sobre treinamento MovNat e a filosofia paleo.
  • Evfit: reflexões sobre saúde e condicionamento físico sob uma perspectiva evolucionária
  • Moral Landscapes: blog da Darcia Narvaez sobre princípios paleo para cuidados com crianças e a importância destes para o desenvolvimento psicológico e social
  • Getting Stronger: um blog sobre a filosofia do hormetismo, isto é, aumentar o bem estar submetendo-se a desafios físicos e mentais.
  • Para uma introdução rápida, veja esse artigo de uma revista popular sobre o movimento "condicionamento físico evolucionário"

Livros



Os livros abaixo são  direcionados a uma ampla audiência, sem muito detalhe científico:

  • Loren Cordain: The Paleo Diet (2002) 
  • Mark Sisson: The Primal Blueprint (2009) 
  • Arthur De Vany: The New Evolution Diet: What Our Paleolithic Ancestors Can Teach Us about Weight Loss, Fitness, and Aging (2010)
  • Robb Wolf: The Paleo Solution: The Original Human Diet (2010) 
  • Louv, Richard. (2008). Last Child in the Woods: Saving Our Children From Nature-Deficit Disorder. Algonquin Books. 
  • Forencich, Frank (2006). Exuberant Animal: The Power of Health, Play and Joyful Movement, AuthorHouse. 

Publicações científicas


Para as evidências científicas por trás destas recomendações, aqui estão algumas das muitas referências:

Bem-estar paleolítico



  • Charlton, B. 2002. What is the Meaning of Life? Animism, Generalised Anthropomorphism and Social Intelligence, (essay by the editor of "Medical Hypotheses" on how the HG worldview intrinsically avoids alienation)
  • Diamond, J. 1987. The worst mistake in the history of the human race. Discover 8, no. 5: 64–66. (why farmers are so much more miserable than HGs)
  • Sahlins, M. 1988. Notes on the original affluent society. Tribal peoples and development issues: a global overview: 15. (why HGs can afford to work very little, and spend their life in leisure)
  • Veenhoven, R. 2010. Life is Getting Better: Societal Evolution and Fit with Human Nature. Social indicators research 97, no. 1: 105–122. (why farmers are less happy than either HGs or modern people)
  • Gray, P., 2009. Play as a foundation for hunter-gatherer social existence. American Journal of Play, 4, pp.476-522. (how life for HGs is like one long vacation)
  • Ilardi, S. S., Jacobson, J. D., Lehman, K. A., Stites, B. A., Karwoski, L., Stroupe, N. N., & Young, C. 2007. Therapeutic lifestyle change for depression: Results from a randomized controlled trial. In annual meeting of the Association for Behavioral and Cognitive Therapy, Philadelphia, PA.
  • Ilardi, S. S. 2010. The Depression Cure: The 6-Step Program to Beat Depression without Drugs. Da Capo Lifelong Books. (how applying elements from the HG lifestyle can alleviate depression better than drugs)

Contato com a natureza



  • Grinde, B., and G. G Patil. 2009. Biophilia: Does Visual Contact with Nature Impact on Health and Well-Being?, Int J Environ Res Public Health 6(9): 2332–2343. 
  • Heerwagen, J. 2009. Biophilia, health, and well-being. Notes. 
  • Barton, J., and J. Pretty. 2010. What is the Best Dose of Nature and Green Exercise for Improving Mental Health? A Multi-Study Analysis. Environ. Sci. Technol. 2010, 44, 3947-3955
  • Park, B.J. et al., 2010. The physiological effects of Shinrin-yoku (taking in the forest atmosphere or forest bathing): evidence from field experiments in 24 forests across Japan. Environmental health and preventive medicine, 15(1), 18–26.
  • Berman, M. G., Jonides, J., & Kaplan, S. (2008). The cognitive benefits of interacting with nature. Psychological Science, 19(12), 1207. 

Estilo de vida, exercício e saúde paleolíticos



  • Boyden, S. 1973. Evolution and health. The Ecologist 3, no. 8: 306. 
  • Eaton, S. B, B. I Strassman, R. M Nesse, J. V Neel, P. W Ewald, G. C Williams, A. B Weder, S. B Eaton, and others. 2002. Evolutionary health promotion. Preventive Medicine 34, no. 2: 109-118.
  • Eaton SB, Cordain L & Lindeberg S (2002) Evolutionary health promotion: a consideration of common counterarguments. Preventive Medicine 34, 119–123. 
  • Eaton, S. B, & S. B Eaton. 2003. An evolutionary perspective on human physical activity: implications for health. Comparative Biochemistry and Physiology-Part A: Molecular & Integrative Physiology 136, no. 1: 153-159.
  • O'Keefe, J. H., Vogel, R., Lavie, C. J., & Cordain, L. (2010). Organic fitness: physical activity consistent with our hunter-gatherer heritage. The Physician and sportsmedicine, 38(4), 11.

Dieta paleolítica



  • Frassetto, L. A., M. Schloetter, M. Mietus-Synder, R. C. Morris, and A. Sebastian. 2009. Metabolic and physiologic improvements from consuming a paleolithic, hunter-gatherer type diet. European journal of clinical nutrition.
  • Jönsson, T., Y. Granfeldt, B. Ahrén, U. C Branell, G. Paalsson, A. Hansson, M. Söderström, and S. Lindeberg. 2009. Beneficial effects of a Paleolithic diet on cardiovascular risk factors in type 2 diabetes: a randomized cross-over pilot study. Cardiovascular Diabetology 8, no. 1: 35.
  • Lindeberg, S., L. Cordain, and B. S Eaton. 2003. Biological and clinical potential of a palaeolithic diet. Journal of Nutritional & Environmental Medicine 13, no. 3: 149-160.
  • Österdahl, M., T. Kocturk, A. Koochek, and P. E. Wändell. 2007. Effects of a short-term intervention with a paleolithic diet in healthy volunteers. European journal of clinical nutrition 62, no. 5: 682-685.
  • Lindeberg, S., T. Jönsson, Y. Granfeldt, E. Borgstrand, J. Soffman, K. Sjöström, and B. Ahren. 2007. A Palaeolithic diet improves glucose tolerance more than a Mediterranean-like diet in individuals with ischaemic heart disease. Diabetologia 50, no. 9: 1795-1807.
  • Lindeberg, S. (2010). Food and Western Disease: Health and Nutrition from an Evolutionary Perspective. John Wiley and Sons.
  • Carrera-Bastos, P., Fontes-Villalba, M., O'Keefe, J. H., Lindeberg, S., & Cordain, L. (2011). The western diet and lifestyle and diseases of civilization. Research Reports in Clinical Cardiology, 15. 
  • Konner, M., & Eaton, S. B. (2010). Paleolithic Nutrition. Nutrition in Clinical Practice, 25(6), 594 -602.

Cuidados paleolíticos com crianças



  • McKenna, J. J, and T. McDade. 2005. Why babies should never sleep alone: A review of the co-sleeping controversy in relation to SIDS, bedsharing and breast feeding. Paediatric respiratory reviews 6, no. 2: 134–152. 
  • Schön, R. A, M. Silvén. 2007. Natural Parenting―Back to Basics in Infant Care. Evolutionary Psychology 5, no. 1: 102–183. 
  • Ball, H. 2008. Evolutionary Paediatrics. Medicine and evolution: current applications, future prospects. 
  • Hewlett B.S. and M.E. Lamb, 2005. Hunter-gatherer childhoods: evolutionary, developmental and cultural perspectives, Aldine, New Brunswick, NJ (2005).
  • Narvaez, D., Panksepp, J., Schore, A., & Gleason, T. (2011). The Value of the Environment of Evolutionary Adaptedness for Gauging Children’s Well-Being. in: Human Nature, Early Experience and the Environment of Evolutionary Adaptedness, New York: Oxford University Press. (Manuscript in preparation.)
  • Benefits of challenge, exposure and adventure 
  • Kyriazis M. (2010.). Nonlinear Stimulation and Hormesis in Human Aging: Practical Examples and Action Mechanisms. Rejuvenation Research, 347–351.
  • Neill, J. T. (2008). Enhancing life effectiveness: the impacts of outdoor education programs. PhD Thesis, University of Western Sydney. 
  • Neill, J. T., & Dias, K. L. (2001). Adventure education and resilience: The double-edged sword. Journal of Adventure Education & Outdoor Learning, 1(2), 35–42.
  • Richardson, E. D. (1998). Adventure-based therapy and self-efficacy theory: Test of a treatment model for late adolescents with depressive symptomatology. PhD Thesis, Virginia Polytechnic Institute. 
  • Seery, M. D., Holman, E. A., & Silver, R. C. (2010). Whatever does not kill us: Cumulative lifetime adversity, vulnerability, and resilience. Journal of Personality and Social Psychology.

Vídeos


Aqui estão belos vídeos de Erwan Le Corre, ilustrando o estilo de vida paleolítico com imagens e música.











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Comida Saudável








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