Comida Saudável
Comeu-se mais ou menos assim em Dakar
Indianos têm mais habilidade para comer com as mãos que os franceses. Em cima, Subramanian Siva Ramalingam usa apenas três dedos com uma agilidade incrível. Abaixo, o padeiro francês Michel Cirès suja a mão toda (e eu, as duas!) À mesa, à luz de velas (quase todos os dia tem apagão!), num prato só, com as mãos À mesa, num prato só, com talheres
Com talheres, pratos separados, no chão
Maëlle, da Solidarité (de amarelo), nos levou a este restaurante popular pertinho da universidade onde acontecia o Forum Social Mundial. Na foto, além de Maëlle, Maria Candelaria com bebê na barriga, eu e Madelen Baez. No chão, em pratinhos lascados de ágata, comemos delicioso thieboudien, um refogado de legumes e peixe com arroz quebradinho bem temperado. Se não me engano pagamos o equivalente a 4 ou 5 reais. Às vezes, junto com os peixes de carne firme usados neste prato, vinham também as ovas! Arroz quebradinho e legumes
Usam muitos legumes como quiabos, abóboras, djakatou (um tipo de berinjela redonda e um pouco amarga), berinjela comum, pimentão, tomate, cebolas, repolhos. E o arroz pode ser assim, quebradinho como nossa quirera de arroz que não encontramos no mercado (veja aqui no Come-se: quirera de arroz com camarão, com suã, com moqueca de pé de galinha). Delicia total!
Comem por lá bastante amendoim. A pasta de arachide como é conhecida a manteiga de amendoim purinha, sem sal ou açúcar, entra em vários molhos como neste sauce arachide chamado ou Mafé (originário da Costa do Marfim). Fez-me lembrar do vatapá da Eliane. Um dos melhores prato que comi lá.
Esta é a djakatou, uma berinjela arredondada com formato de gomos que pode ser preparada em pratos doces e salgados. Está presente em quase todos os pratos de legumes e, como é meio amarga como o jiló, comia sempre a minha e a dos meus amigos que não gostavam muito. Eu amei.
A mandioca é tratada simplesmente como legume. Há quase nada de produtos derivados dela, com exceção de uma farinha finíssima como a de trigo (feito provavelmente com chips secos e triturados da raiz) e o cuscuz da Costa do Marfim. Cuscuz de fonio (falo mais dele depois)
Há cuscuz por toda parte e de tudo quanto é tipo. Tudo que é farinha pode virar bolinhas para cuscuz, até farinha de banana. Este já nasce pronto, pois o fonio é um micro cereal do tamanho de grãos de areia e delicioso, típico de lá.
Come-se chique também. Aqui, no restaurante do Institut français de Dakar, no último jantar.
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