Piracaia aos poucos
Comida Saudável

Piracaia aos poucos


Da chácara e arredores: folhas de batata-doce (faz-se como espinafre),
tomate cereja, poejo, morango silvestre, orelha-de-padre, morangas e
abóbora, cambuquira, goiaba, aroeira, almeirão-roxo, beldroega e azedinha
Complementados com os comprados por lá: doce de leite, ovos, linguiça e
queijo. Cachaça para alegrar e rosas para enfeitar
E ainda trutas da Cachaçaria Portal, em Piracaia
Cachaça com cambuci e de outras frutas, da Cachaçaria Portal 
Ainda ressinto um pouco a dor da venda de nosso sítio em Fartura. Mas aos poucos vamos estabelecendo novas relações com a cidade de Piracaia, onde compramos uma chácara com vista para a represa. Aos poucos vamos construindo e vamos colhendo o que já plantamos: abóbora e cambuquira, orelha de padre, azedinha, folhas de batata doce, beldroega e almeirão roxo. E vamos conhecendo quem produz queijo, quem vende cachaça com cambuci local,  frango caipira de Camanducaia, ovos azuis de galinhas de quintal, linguiça bragantina e trutas de Joanópolis. E o melhor mel, o melhor caldo de cana. Pra enfeitar a casa, tem ainda as rosas da Mari. 





Aos poucos vamos também identificando o ponto da estrada de terra onde está o pé de abacaxi, o de goiaba branca, a aroeira pimenteira de grãos muito vermelhos e os pezinhos de morango silvestre que ficam ao seu pé dela. 


Pelo barulho de água em meio ao silêncio absoluto das colinas descobrimos no sábado até uma pequena cachoeira com queda de quatro metros, boa para banho e isolada no meio do mato. 




Aos poucos vamos gostando muito de ganhar mudas como as de banana e tantas outras presenteadas pela leitora Eliane que foi de Extrema-MG até lá, mesmo sem termos ainda aonde nos sentar. Ou as de abacate, nêspera e cítricos gentilmente trazidas aqui em casa pela leitora Gabi. No sábado fomos pra lá com a cabine lotada de plantas que ganhamos da amiga Mônica, incluindo um pau-brasil de três metros, ingazeiro e ornamentais. Cada vez vamos gostando mais e mais do lugar e das pessoas, vamos querendo cozinhar e comer o que aquela terra dá, e vamos alimentando as alegrias de ver a fartura brotar de outros ares. Ao local, vamos aos poucos pertencendo.  


O que fiz com o que trouxe de lá, conto nos próximos posts. 





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