Tapioca molhada recheada de banana-da-terra. Ou quinta sem trigo 28
Comida Saudável

Tapioca molhada recheada de banana-da-terra. Ou quinta sem trigo 28


Na última quinta-feira que escrevi aqui, antes de ir ao Acre, mostrei a tapioca molhada no leite de coco. Então, já não preciso mais falar dela. Também não preciso mais ensinar como se faz a tapioca. Quem vem acompanhando o Come-se, acho que já sabe. De qualquer forma, já mostrei aqui e acolá (com filminho). Nos dois posts mostro como hidratar o polvilho doce (goma seca) e fazer na hora (500 g de polvilho para 250 a 300 ml de água), mas exige muito mais prática para chegar ao ponto certo. Ando preferindo hidratar o polvilho, escorrer a água e secar com pano. Não tem erro. O jeito de fazer está lá no post da tapioca molhada. 


Lá em Acrelândia, dei uma oficina para algumas merendeiras que trabalham na zona rural. Quis mostrar que com ingredientes locais era possível fazer algumas combinações interessantes. Entre as poucas coisas que mostrei nesta oficina (pão com banana-da-terra e castanhas, salada de papaia verde e vários sucos com carambola e tamarindo), resolvi de última hora incrementar aquelas tapiocas molhadas com a banana-da-terra, farta por lá, conhecida como banana comprida. E, claro, usei folhas de bananeira (sim, saí pelas ruas, carregando enormes folhas e, como diz minha amiga Lili, andar pelas ruas carregando folhas de bananeira é quase o mesmo que andar nua).  Cozinhei as bananas inteiras até que as castas partissem, esperei esfriar e cortei de comprido em quatro. Fiz as tapiocas normalmente, umedeci com o leite com coco temperado com açúcar e erva-doce e enrolei sobre o pedaço de banana. Aí foi só envolver a tapioca com a folha de bananeira limpa e sapecada, cortar as beiradas, fazer rodelinhas, colocar numa bacia forrada de folha e nhac!  Foi um sucesso, não sobrou nada. Nosso sushi tupiniquim. 


Mas descobri com o erro: para ficar mais fácil na hora de cortar, de modo que o anel de folha fique envolvendo a rodela de tapioca, o melhor é colocar a folha com as riscas perpendiculares à posição da tapioca, assim ela não se rompe. Diferente, então, do que se vê na foto. 







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