Um estilo de vida não tem linha de chegada
Comida Saudável

Um estilo de vida não tem linha de chegada


Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.

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Eu venho querendo escrever minha própria história de sucesso no Primal Blueprint desde que colhi os benefícios iniciais, apenas 3 dias depois de comprometimento, mas estava esperando até que "completasse" meus objetivos. E agora, mais de 9 meses depois que a minha aventura com o estilo de vida primal começou, comecei a perceber que não há realmente uma linha de chegada para contentamento e bem-estar pessoal. Tornou-se um estilo de vida, e pode-se sempre melhorar. Mark falou muito bem sobre a dieta primal: "ela não é um concurso de quem fica mais sarado".

Desde os 6 anos, eu fui uma criança muito ativa e especialmente atlética. Me juntei ao meu primeiro time de natação competitiva, e isso tornou-se o foco da minha vida pelos próximos 12 anos. Nadar de 5 a 10 vezes por semana em treinamento competitivo me manteve extremamente condicionado e a saúda nunca passou pela minha cabeça - pois eu não tinha 1g de gordura visível em qualquer lugar do corpo. Mas tenha em mente, no entanto, que nunca fui muito "cortado".

Fui criado no sul (N.T.: dos EUA), e minha dieta refletia a região: muita carne, filé de frango frito, muitas batatas e milho, etc. Eu jantava com a família a maioria das noites, jantares preparados na hora - então na minha opinião tudo à mesa podia ser considerado "saudável", porque no mínimo eu não estava comendo fast food, certo ? Comia muito nas refeições, com grandes quantidades de molho branco sobre a carne e as batatas, chegando ao ponto de ter que me deitar após cada refeição.

Quando cheguei à 7a série, já tinha começado a correr longas distâncias e me juntei ao time de corrida, além de fazer parte do time de natação. Um dia normal para mim consistia de 1 hora e meia de natação antes da escola, corrida de 7 a 12km depois da aula, e mais 2 horas de natação depois disso. Assim como o Michael Phelps, eu tinha que consumir quantidades enormes de calorias para conseguir manter meu pequeno peso de 66kg (eu tenho 1.78m). Minha mãe não conseguia cozinhar o suficiente para supri minhas necessidades calóricas, então eu comecei a comer comida congelada entre as refeições. Eu conseguia comer 4 Hot Pockets de uma vez, mais de uma vez por dia, além  das minhas refeições normais. As coisas começaram a mudar quando nos mudamos.

Na 9a série nos mudamos para Michigan, onde continuei o frenesi atlético e de alimentação. Eu não quero dizer que o povo de Michigan é menos saudável que os do sul, porque não tenho prova disso, mas a vida nos subúrbios me levou a comer mais e mais fast food e comida congelada. Foi quando meus problemas começaram. Aos 16, comecei a ter azias extremamente dolorosas depois de cada refeição. Era tão ruim que eu tinha que ficar deitado de lado por meia hora após cada refeição, com meus olhos fechados (uma enfermeira me disse que isso mantinha o esôfago em uma posição neutra). Isso continuou sem tratamento por diversos anos, até eu estar prestes a terminar o segundo grau. Na época da graduação, eu tinha dores estomacais horríveis, diarréia e indigestão, além da azia após cada refeição, todo dia.

Após semanas de testes, descobri que tinha inexplicavemente me tornado intolerante à lactose, literalmente da noite para o dia; além disso, tinha dois dos três marcadores para doença celíaca. O médico disse que isso não era suficiente para ser conclusivo, e que eu provavelmente não tinha intolerância ao gluten. Assim, ele me dispensou com uma receita para um potente remédio para azia e a proibição de comer laticínios. mas o que acontece quando você diz para uma pessoa de 18 anos que ela não tem problemas com gluten e que pode tomar um comprimido para a dor ao invés de mudar ao cardápio ? Ela começa a comer pior ainda!

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Enquanto terminava o segundo grau, tive algumas lesões esportivas e decidi deixar a natação e a corrida por um tempo. Meu metabolismo aparentemente não entendeu o recado, e eu continuei desejando comer do jeito que sempre fazia, exceto que agora eu não fazia mais exercícios. Ganhei 7kg nos três meses entre a formatura do colégio e o primeiro ano de faculdade, e então mais 9kg durante esse ano (obrigado, comida de alojamento!). Minha alimentação ficou pior, em combinação com a bebedeira, e a dor continuou até que eu atingisse 99kg aos 24 anos. Aquele foi meu ano final na faculdade, e também o ano em que me casei com uma garota maravilhosa que eventualmente me ensinou a importância da minha saúde pessoal - mas não imediatamente. Ganhei mais 7kg durante o meu primeiro ano de casamento, encerrando com respeitáveis 106kg, distribuídos em 1.78m.

2009
Esse foi o ano em que me formei e me mudei para Nova Iorque. De repente, eu tinha que andar para todo lado! Eu era uma esquisitice sendo tão gordo, ao invés de mais próximo do normal que eu era quando morava no meio-oeste. A gota d'água veio quando fui ao médico, e ele fez um eletrocardiograma para certificar que a obesidade não estava danificando meu coração (aos 25!). Com a ajuda da minha esposa (estudante de nutrição) e uma dieta baseada na sabedoria convencional, comecei a perder os quilos extra, engolindo uma tigela insossa de aveia a cada manhã durante três anos - além de me exercitar e comer carnes magras e legumes. Perdi 23kg no primeiro ano, 4.5kg no segundo e 2.5kg no terceiro. O problema é que eu ainda tinha indigestão e diarréia após muitas refeições, mesmo quando elas não tinha laticínios ou "coisas ruins" nelas. Me sentia cansado, sem desejo de fazer nada e dormia horrivelmente. Também estabilizei nesse peso, independente de quantas calorias me privava ou de quantas horas passasse na academia. Ainda tinha uma pança, um corpo flácido com 80kg e sabia que aquilo não era pele solta - era gordura.

Meu cunhado é um personal trainer que mudou sua vida com o Primal Blueprint, mas nunca tentou me forçar ou foi intrometido. Eu apenas sabia sobre isso de passagem. Ele sabia que eu estava infeliz, e me deu de natal o The 21-Day Total Body Transformation (junto com uma bela faca Santoku para cortar comidas integrais!). Começando em 1o de janeiro de 2012, eu fiz o salto para a vida primal. Depois de 3 dias, puf! Sem indigestão, cólicas, diarréias ou desconforto após as refeições! Fiquei assombrado! Em 1 mês e utinha energia ilimitada e estava mais feliz, especialmente porque substituí aquela aveia nojenta por ovos, bacon e abacate no café da manhã! A balança não mudou muito, mas eu percebi meu pescoço, queixo e peito se afinando e ficando menos flácidos. Eu podia sair e correr 16kg após um dia de trabalho de 10h, completamente em jejum. Não era mais uma vítima da comida que comia. Não tinha mais que me preocupar em esperar 1h depois de comer, para ter certeza de que teria um banheiro próximo. Eu estava livre!
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Eventualmente, troquei minha corrida por sprints, e adicionei levantamentos pesados e movimentos primais (flexões, barras, etc). Isso, em combinação com um período paleo super estrito de 2 meses me tirou outros 4.5kg de gordura esse verão, e acrescentou músculos no abdôme e braços. As pessoas ficaram atônitas como que, em 2 meses eu fui capaz de ficar tão obviamente diferente.

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Então aqui estou, nove meses na minha jornada. Ainda tenho gordura indesejada ? Sim. Ainda tenho um caminho a percorrer ? Sim. Mas estou mais feliz do que jamais estive, mas saudável do que jamais fui e me sinto como um membro da raça humana novamente. A vida primal não é uma dieta e não tem uma "linha de chegada" ou "objetivo" a alcançar - é ao invés disso, o estilo de vida que pode ser sustentado pelo resto dos meus dias.

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Sean



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