Em comemoração ao dia mundial sem tabaco, que se realiza hoje dia 31 de
maio, falaremos daquele que pode trazer muitor prejuízos a nossa saúde: o cigarro! Inúmeras são as doenças associadas ao uso do tabaco devido às várias substâncias cancerígenas encontradas neste, entre elas, a nicotina.
A nicotina compete com os nutrientes vindos dos alimentos na absorção celular. Ou seja, entra no lugar destes, o que faz com que eles não sejam aproveitados da maneira que deveriam. Isso acontece principalmente com as vitaminas e os minerais. É por essa possível falha na absorção que os fumantes devem ter um cuidado especial com a alimentação. Aumentar o consumo de frutas, legumes, vegetais folhosos e oleaginosas, como nozes, castanhas e avelãs, é um bom caminho para tentar compensar o prejuízo que a nicotina traz à absorção dos nutrientes. A melhor opção seria parar de fumar, o que traria um grande benefício para a saúde como um todo.
Falando nisso, parar de fumar realmente engorda? Essa é uma dúvida freqüente daqueles que pensam em largar o vício e muitas vezes, resistem devido a este fato. Infelizmente, é verdade. As pessoas que abandonam o cigarro têm uma certa tendência a aumentar seu peso corporal. Isso porque a nicotina aumenta o dispêndio energético, ou seja, os fumantes gastam cerca de 10% mais energia em confronto com aqueles que não fumam, além de ter influência no metabolismo das gorduras. Outros fatores estão também associados a esse ganho de peso, principalmente aqueles efeitos iniciais relacionados à abstinência, como insônia e ansiedade. E também a melhora do olfato e do paladar que já degusta melhor os alimentos. Porém esse aumento de peso é de no máximo 10% a mais que o peso inicial, sendo mais comum o ganho de 1 a 2 quilos após o abandono do vício e estes quilos a mais geralmente são perdidos em alguns meses.
No entanto os quilos a menos dos fumantes não é grande vantagem. Pesquisas revelaram que, embora os fumantes tenham em geral um peso menor que os não fumantes, eles têm má distribuição de gordura, sobretudo na região pélvica, prejudicando a conformação corporal principalmente nas mulheres. Além disso, um outro estudo provou que nos fumantes o menor peso não impede a elevação da pressão arterial e do colesterol no sangue, que ficam acima daqueles que deixaram de fumar, independente da evolução de peso destes. Um outro fato constatado é que a mortalidade em fumantes magros foi mais elevada em comparação aos não fumantes, tanto nos magros como nos gordos, uma vez que os primeiros foram vitimados pelas doenças tabaco-relacionadas.
Mesmo com tantas evidências, este ganho de peso pode influenciar as recaídas, mas nada que a dupla imbatível dieta balanceada-exercícios físicos não possa resolver. Aumentar o consumo de frutas e hortaliças, evitar o consumo excessivo de doces, frituras e gorduras, beber bastante água, preferir carnes magras, fazer uma dieta fracionada, comendo de quatro a seis vezes ao dia. Esses são passos que, aliados a pelo menos trinta minutos de atividade física diários, auxiliam na manutenção do peso e no sucesso do tratamento.
E quais são os benefícios de parar de fumar?