Bem, acho que compensou porque devo ter comido uns dois quilos sem muito esforço e sem saber qual árvore produzia a melhor lichia. Íamos de uma a outra árvore como abelhas tontas. E todo mundo sabe o prazer que é comer a fruta direto do pé. Por fim, ainda levei 1 quilo para comer em casa - estas, já colhidas, saem por R$ 5,00 o quilo. Um jeito esperto que os pequenos proprietários descobriram de aproveitar a produção e dar cabo dela localmente. Todos saem ganhando.
As Sapindáceas
A lichia (Litchi chinensis), o rambutão (Nephelium lappaceum), a longana ou olho de dragão (Dimocarpus longan), o pulasan (Nephelium mutabile), o mamoncillo (Melicoccus bijugatus) ou o Akee (Bliglia sapida) são todas frutas exóticas da família das Sapindáceas, muito bem adaptadas por aqui. A pitomba-do-norte (Talisia sculenta) é uma representante nativa da família.
Algumas são mais difundidas, outras nem tanto, como o Akee, de origem africana, que encontrei plantada na Estação Experimental de Fruticultura Tropical, em Conceição de Almeida - BA, e da qual se come o arilo cozido da fruta madura (verde, é tóxica). Algumas têm muita polpa como a lichia e o rambutão. Outras, nem tanto, como a nossa pitomba nativa, que é docinha e meio ácida, gostosa, mas que só faz vontade, porque é muito caroço para pouca carne.
O Akee, em Conceição de Almeida - BA A pitombeira. Esta, também no sítio do Iwao e Helena
Para comer lichia à vontade na safra. Ou para passar alguns dias no campo (há duas casas para temporada), vá até o Sítio Santa Helena, de Iwao e Helena, que estão investindo também em turismo rural. Fica a 9,3 km da ponte de Fartura (que separa São Paulo do Paraná), no municípío de Carlópolis. Tel. 43-3566-1320, cel. 43-9162-3979.