Revelando São Paulo 2010
Comida Saudável

Revelando São Paulo 2010



Todos os anos vou ao Revelando São Paulo, que tradicionalmente acontecia no Parque da Água Branca. Todos os relatos das edições passadas podem ser vistos aqui.
Neste ano, por capricho da primeira dama do estado, que inventou de reformar o parque às pressas antes do término do mandato do governador substituto, sem avaliação do impacto ambiental ou qualquer autorização judicial (por pressão dos frequentadores, a obra foi interditada ontem, felizmente), o evento está acontecendo no Parque do Trote ou Parque Vila Guilherme.

Cheguei lá no sábado depois de uma hora e meia de viagem - via trem, metrô e ônibus (que saí do metrô Carandiru a cada 20, 30 minutos - tem plaquinha indicando). Espero que a feira não fique por lá, pois o Revelando tem a cara rural e aconchegante do Parque da Água Branca, com as galinhas cacarejando, pavões se exibindo, ônibus e metrô na porta, sombra das árvores. Não combinou com o galpão gigante que começa a lembrar aquelas exposições cansativas do Anhembi.
Mas tudo bem, no meio do caos vamos pinçando aqui e ali pequenas joias deste São Paulo plural como os carás moelas de São Francisco Xavier, o arroz vermelho de Cruzeiro, a cachaça Marvada Neide, o feijão guandu de Piedade, a galinhada de Guararema, as ervilhas para o virado de Atibaia, a carne de lata e os embutidos de porco de Capão Bonito, as cerâmicas primitivas e outros artesanatos genuínos perdidos entre tantos panos de pratos pintados. Fora as catiras e quadrilhas, sanfoneiros e violeiros, só para citar algumas das manifestações folclóricas que acontecem todos os dias enquanto dura a feira (veja a programação aqui).




Para apreciar, provar, comprar
Uma dica: se quiser comer por lá, e eu recomendo, leve de casa seu próprio prato e talheres ou compre um desses pratinhos de cerâmica lá no box da Rosa, de Bom Sucesso de Itararé, porque fora o mingau de alho da dona Neide (aquela da batata-doce frita), todos os outros pratos infelizmente são servidos em bandejas de isopor com talheres de plástico, geralmente dos que se quebram ao primeiro corte de um feijão bem cozido.




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