Comida Saudável
Quebrando o Mito do Jejum Para Mulheres: Uma Análise das Respostas Especificamente Femininas ao Jejum na Literatura
Artigo traduzido por Juliana Whately. O original está aqui.
por Stefani Ruper
Uma das ferramentas mais esotéricas, mas muito amada, na maleta de ferramentas da dieta paleo é o jejum intermitente. Jejum intermitente (JI) é a prática de manter a ingestão calórica total enquanto as consome em menos refeições ou em janelas de tempo menores. Alguns exemplos incluem 10, 8 ou 5 horas de janelas ao longo do dia, ou talvez comer apenas duas refeições por dia: uma de manhã e uma à noite. A premissa evolutiva é que os seres humanos evoluíram para otimizar a sua saúde em condições menores do que o ideal. O jejum pode ter desempenhado um papel importante na fisiologia humana ancestral.
O correlato científico moderno parece promissor também. A maioria das pessoas estão cientes de que uma dieta de restrição calórica tem a capacidade não só de diminuir o peso corporal, mas também de prolongar a vida humana. Os estudos mais recentes estão começando a mostrar, no entanto, que o jejum intermitente é tão eficaz quanto a restrição calórica em garantir esses benefícios para a saúde e, por incrível que pareça, sem quaisquer efeitos colaterais psicológicos incapacitantes que os praticantes de restrição calórica muitas vezes experimentam.
O jejum intermitente pode também beneficiar a luta contra o câncer, a onipresença da diabetes e a função imunológica dos indivíduos. Aqui está outra excelente e atualizada revisão de literatura. É totalmente compreensível que o jejum esteja na moda nos dias de hoje.
Mais ou menos.
Eu tenho um interesse específico em jejum intermitente por causa do que eu testemunhei em mulheres na comunidade PFW. Muitas mulheres acham que com jejum intermitente vem insônia, ansiedade e períodos irregulares, entre uma infinidade de outros sintomas de desregulação hormonal. Eu também pessoalmente experimentei ansiedade metabólica como resultado de jejum, o que evidencia meu interesse em neurônios do sistema hipocretina. Os neurônios dosistema hipocretina têm a capacidade de incitar a vigília energética e evitar que uma pessoa caia no sono, devido ao seu corpo detectar um estado de "fome". Eles são uma maneira pela qual o jejum intermitente pode desregular o sistema de uma mulher.
Por causa de todas essas experiências que eu estava tendo e ouvindo falar de outros, eu comecei a investigar tanto a) a literatura de jejum que os defensores do jejum paleo fazem referência e b) a literatura que existe no mundo do metabolismo e da reprodução.
O que eu achei é que nos artigos citados pelo Mark’s Daily Apple (MDA) (e outros), o foco está nos benefícios para a saúde, tais como propriedades de combate o câncer, sensibilidade à insulina e função imunológica. Esses fenômenos não são garantidos na literatura – ratos e seres humanos nem sempre perdem peso e, às vezes, até ganham peso com JI – mas, mais frequentemente do que não, melhorias significativas são notadas no peso corporal e nos marcadores, como as citocinas inflamatórias, os níveis de HDL, LDL, triglicérides e insulina em jejum. Isso é maravilhoso e eu fico contente que essas questões estejam ganhando cenário.
No entanto. Fiquei impressionada com o que parecia ser um descuido flagrante, com base no sexo, no post do MDA que eu linkei acima.MDA cita este artigo como uma "grande visão" dos benefícios para a saúde do jejum intermitente. Isso me assustou porque o artigo citado por MDA foi, para mim, um dos mais fortes proponentes das diferenças específicas de cada sexo em resposta ao jejum. Isto ocorreu em duas áreas marcantes: a) as mulheres dos estudos abrangidos pela revisão não tiveram aumento da sensibilidade à insulina com JI e b) as mulheres efetivamente tiveram uma diminuição na tolerância à glicose. Esses dois fenômenos significam que os metabolismos das mulheres sofriam com JI. O metabolismo dos homens, por outro lado, melhorou com JI. Lembre-se que a revisão foi relatada pelo MDA como "uma grande visão geral dos benefícios [do JI]."
Em segundo lugar, em outro post sobre jejum do MDA, que são muitos, os benefícios do jejum para a saúde são listados e revistos, mas os aspectos específicos para cada sexo da resposta hormonal deixou de ser questionado e reprodução/fertilidade/menstruação não foram nem mencionados. Isso não quer dizer que o Mark não está atento a quem deve e quem não deve fazer jejum. Ele sabe muito bem e adverte as pessoas contra os perigos do jejum, enquanto estressado. Ainda assim, o simples fato de ser mais sensível ao jejum simplesmente por ser mulher é, devo afirmar, muito importante para uma mulher que está contemplando ou que já pratica o JI. Isso quase não é mencionado na blogosfera.
Além de relatar os vieses na blogosfera, há um problema ainda maior (talvez até seja a causa do viés da blogosfera) de um viés de testes significativos na literatura sobre o jejum. Pesquisando "homens" + "jejum intermitente" em um banco de dados de artigo de Harvard há 71 artigos peer-reviewed. Pesquisando "mulheres" há 13, nenhum dos quais são: a) exclusivamente sobre as mulheres b) estudos controlados ou c) nada além de peso corporal ou benefícios cardiovasculares. Os estudos em animais são mais equitativos, mas também menos aplicáveis em humanos.
É bem sabido, tanto na comunidade de pesquisa quanto na nutricional, que restrição calórica é horrível para a saúde reprodutiva feminina. Isso não é novidade. Mas e jejuns? As mulheres devem passar longos períodos sem comer, mesmo mantendo a ingestão calórica normal?
Os poucos estudos que existem apontam que não.
Não é definitivo, já que a literatura é tão escassa, e necessariamente difere para as mulheres que estão acima do peso e que estão com o peso normal (e que têm diferentes composições genéticas independentes), mas quando se trata de hormônios, as mulheres em idade reprodutiva podem se beneficiar ao ter cautela com o jejum.
O que se segue primeiro é uma breve revisão do que se pode obter em respostas específicas do sexo ao jejum em estudos com animais. Depois disso é o que foi concluído pelos poucos estudos relevantes em humanos.
Camundongos e Ratos
O primeiro é um estudo que demonstra as alterações do hipocampo na restrição calórica e no jejum intermitente (dia de jejum alternado com comer à vontade nos dias de alimentação), tanto para ratos machos e fêmeas. A premissa básica é a seguinte: em um estado de "fome" alguns cérebros causam mudanças comportamentais paralelas. O estudo descobriu que eles eram diferentes nos ratos machos e fêmeas. Para ratos machos a alteração no tamanho do hipocampo, a expressão do gene do hipocampo e comportamento ambulatório foi o mesmo, não importando em qual tipo de dieta restrita eles estavam, mas para ratas, o grau de mudança na química do cérebro e no comportamento foi diretamente proporcional ao grau de ingestão de calorias, o que demonstra a sensibilidade particular que ratos fêmeas têm em resposta à fome.
"A organização da resposta das fêmeas para as dietas de restrição calórica é sugestiva de algum mecanismo subjacente que pode permitir uma resposta organizada e pré-programada para garantir a sobrevivência em tempos de escassez de alimentos. Comparativamente, a resposta genética dos machos foi menos específica, sugerindo que os machos respondem a um estressor geral, mas eles parecem não ter a capacidade de discriminar entre um estressor de alta energia ou de baixa energia."
Além disso, "o JI regula negativamente muitas vias de genes em homens, incluindo aqueles envolvidos na degradação de proteínas e apoptose, mas regula positivamente muitas vias de genes nas fêmeas, incluindo aqueles que estão envolvidos no metabolismo celular de energia (glicólise, gluconeogenese, via das pentoses fosfato, transporte de elétrons e PGC 1-α), na regulação do ciclo celular e acetilação de proteínas." Neste estudo, ambos ratos machos e fêmeas ganharam pequenas quantidades de peso em dietas de JI.
Para ratas, mesmo na forma mais inócua de restrição – jejum intermitente – alterações fisiológicas significativas ocorrem. Os ratos machos não experimentam alterações tão dramáticas no hipocampo e na química geral do cérebro como as ratas e seus comportamentos, especificamente sua cognição e sua atividade diurna e noturna, não mudam.
As ratas, por outro lado, se "masculinizam". Elas param de ovular e menstruar. Eles se tornam hiper-alertas, têm melhora na memória e ficam mais alertas durante os períodos em que deveriam estar dormindo. Teoricamente, de acordo com esses pesquisadores, esta é uma resposta adaptativa à fome. Quanto mais as ratas precisam de calorias – ou pelo menos quanto mais seus corpos detectam um estado de "fome" – mais elas desenvolvem características que irão ajudá-las a encontrar comida. Elas ficar espertas, ativas e param de dormir.
Em um estudo de acompanhamento realizado pelos mesmos pesquisadores que estudaram a masculinização de fêmeas, os pesquisadores analisaram a transcrição gonadal de ratos machos e fêmeas submetidas a regimes de JI. Eles descobriram que reprodutividade do macho se regula positivamente em resposta ao estresse metabólico e que a reprodutividade da fêmea fica sub-regulada. Em resposta, as fêmeas tornam-se inférteis e masculinizadas e os machos tornam-se mais férteis. Nas próprias palavras dos pesquisadores: "Nossos dados mostram que, no nível das respostas de genes gonadais, os ratos do sexo masculino sobre o regime de JI se adaptam ao ambiente de uma maneira que é esperada para aumentar a probabilidade de uma eventual fecundação de fêmeas que os machos preveem estar susceptíveis de ser sub-férteis, devido à sua percepção de um ambiente deficiente de alimentos".
No último estudo relevante de JI em ratos que eu pude encontrar, os pesquisadores submeteram os ratos à mesma dieta – de 20 e 40% de restrição calórica, bem como a alternância de dias de jejum, e monitorando as respostas hormonais em longo prazo. Os resultados foram surpreendentes. Abaixo está o resumo completo porque é muito impactante:
As fêmeas e os machos normalmente desempenham papéis diferentes na sobrevivência da espécie e é de se esperar que respondam de formas diferentes à escassez ou excesso de alimentos. Para elucidar a base fisiológica das diferenças do sexo em respostas à ingestão de energia, mantivemos grupos de ratos machos e fêmeas durante 6 meses em dietas normais, reduzidas [20% e 40% de restrição calórica (RC) e jejum intermitente (IF)] ou elevadas (alta gordura/alta glicose) de níveis de energia e medimos múltiplas variáveis fisiológicas relacionadas à reprodução, metabolismo energético e comportamento. Em resposta a 40% de RC, as fêmeas ficaram magras, pararam de menstruar, sofreram uma masculinização endócrina, exibiram uma resposta ao estresse aumentada, aumentaram sua atividade espontânea, melhoraram sua aprendizagem e memória e mantiveram níveis elevados do fator neurotrófico circulante derivado do cérebro. Em contraste, os homens em 40% de RC mantiveram um peso maior do que as fêmeas em 40% de RC e não alteraram seus níveis de atividade significativamente tanto quanto as fêmea em 40% de CR. Além disso, não houve nenhuma alteração significativa na capacidade cognitiva dos machos na dieta de 40% de RC. Machos e fêmeas apresentaram respostas semelhantes de lipídios circulantes (colesterol/triglicerídeos) e hormônios reguladores de energia (insulina, leptina, adiponectina, grelina) à restrição energética, com as mudanças sendo quantitativamente maior nos machos. A dieta de alto teor de gordura/alto teor de glicose não teve efeitos significativos sobre a maioria das variáveis medidas, mas prejudicaram o ciclo reprodutivo de fêmeas. Cognição e atividade motora aumentadas, combinado com o desligamento reprodutivo nas fêmeas, pode maximizar a probabilidade de sua sobrevivência durante períodos de escassez de energia e pode ser uma base evolutiva para a vulnerabilidade das mulheres à anorexia nervosa.
Eles também descobriram isso:
O peso da glândula supra-renal foi semelhante nos ratos de qualquer dieta; no entanto, quando normalizado o peso corporal, dietas de RC e JI causaram um aumento relativo no tamanho adrenal, cuja magnitude foi maior em fêmeas, em comparação com os machos.
E isto:
O peso testicular não foi afetado por qualquer das dietas. Em contraste, ambas as dietas RC e a dieta de JI causaram um decréscimo no tamanho dos ovários.
E isso, levando em conta que "durante o dia" para os ratos noturnos é "noturno" para os seres humanos:
A atividade diurna de fêmeas foi duplicada em resposta ao JI, ao passo que não afetou o nível de atividade no sexo masculino. Os níveis de atividade noturna de machos e fêmeas não foram afetados pela restrição energética na dieta.
E isto:
A atividade uterina foi monitorada diariamente com testes de esfregaço vaginal; a menstruação foi classificada como regular, irregular ou ausente. As dietas com restrição de energia leve (20% de CR e JI) significativamente aumentaram a proporção de animais que apresentaram padrões irregulares de menstruação, enquanto que os animais nas dietas de 40% de RC apresentaram uma perda quase completa do ciclo menstrual.
E isto:
Nos homens, os níveis de corticosterona estavam elevados apenas em resposta à dieta de 40% de RC, enquanto nas fêmeas, os níveis de corticosterona estavam significativamente elevados em resposta a todas as três dietas de restrição calórica, sugerindo uma hiperativação relativa em fêmeas em resposta ao estresse adrenal à reduzida disponibilidade de energia .
Para lipídios, todos os ratos estavam bem: "Em conjunto, esses dados sugerem que os perfis aterogênicos de ambos os machos e as fêmeas são melhorados pela restrição energética na dieta." Curiosamente, também, como eles apontaram no resumo, as fêmeas humanas apresentam-se cognitivamente muito "melhor" (memória e atenção) na RC e JI do que em alimentação normal.
Algumas ressalvas a este estudo: A) Eles são ratos. B) Eles são ratos um pouco "metabolicamente mórbidos", o que pode torná-los mais suscetíveis à doença. C) Os ratos foram autorizados a comer à vontade nos dias de JI, mas eles simplesmente não atenderam às suas necessidades calóricas dessa forma. Assim, embora seja uma forma um pouco natural de JI, ainda é caloricamente reduzida, de tal forma que isto deve ser levado em conta ao se horrorizar com as respostas hormonais do JI em ratas.
Os Poucos Estudos em Humanos
Mencionei acima que na mesma avaliação que MDA usou como uma "grande visão" dos benefícios JI eu achei efeitos metabólicos prejudiciais para as mulheres submetidas a regimes de dias alternados em jejum. Este é o estudo:
Heilbronn et al descobriram que com JI, a sensibilidade à insulina em homens melhorou (21 participantes), mas não nas mulheres (20): depois de três semanas de jejum em dias alternados, a resposta à insulina em uma refeição teste foi reduzida em homens. Mulheres não experimentaram qualquer mudança significativa. "É interessante que esse efeito sobre a sensibilidade à insulina ocorreu apenas em indivíduos do sexo masculino", eles relatam.
O regime de JI, além disso, não era apenas neutro para as mulheres, mas foi francamente prejudicial, especificamente no que diz respeito à tolerância à glicose:
Outro fator de risco de diabetes que tem mostrado um efeito específico no sexo é a tolerância à glicose. Após 3 semanas de dias alternados de jejum, mulheres, mas não homens, tiveram um aumento da área sob a curva de glicose. Este efeito desfavorável sobre a tolerância à glicose em mulheres, acompanhado por uma aparente falta de efeito sobre a sensibilidade à insulina, sugere que dias alternados em jejum em curto prazo pode ser mais benéfico em homens do que em mulheres na redução do risco de diabetes tipo 2. Na primeira linha de sua discussão está escrito: "dias de jejum alternados podem afetar negativamente a tolerância à glicose em mulheres não obesas, mas não em homens não obesos ".
Em um estudo de acompanhamento, Heilbronn et. al estudaram os efeitos do jejum em dias alternados sobre o risco cardiovascular. Quando humanos ficaram em jejum em dias alternados durante um período de três semanas, as concentrações de colesterol HDL na circulação aumentaram, enquanto as concentrações de triglicerídeos diminuiram. Isso é uma coisa boa. No entanto, as mudanças nas concentrações de lipídios mostraram ser determinadas pelo sexo: por exemplo, apenas as mulheres tiveram um aumento nas concentrações de colesterol HDL e somente os homens tiveram uma diminuição nos níveis de triglicerídeos.
A revisão mais recente de JI concorda com a minha conclusão: as diferenças específicas para cada sexo no metabolismo existeme precisam ser mais estudadas.
Este estudo de dias de jejum alternados incluiu 12 mulheres e 4 homens. Em oito semanas o peso corporal diminuiu em cerca de 5 quilos e o percentual de gordura corporal diminuiu de 45 para 42. A pressão arterial diminuiu, colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos diminuíram. Estas pessoas eram significativamente obesas, o que limita os resultados deste estudo a uma população de obesos. No entanto, "mulheres na perimenopausa foram excluídas do estudo e as mulheres na pós-menopausa (ausência de menstruação por > 2 anos) foram obrigadas a manter o seu regime atual de terapia de reposição hormonal durante do estudo." (Palavras deles, grifo meu)
O único, grande estudo de jejum intermitente realizado em homens e mulheres observou as diferenças entre programações de alimentação isocalóricas: 3 refeições/dia de alimentação versus 1 refeição/dia.
O estudo focou na composição de peso corporal, pressão arterial e temperatura corporal nos indivíduos. Os indivíduos foram alimentados isocaloricamente quer em uma refeição por dia ou três refeições por dia. Todos os indivíduos tinham entre 40 e 50 anos (excluindo as mulheres em idade reprodutiva) e IMC entre 18 e 25. Eles comeram, tanto quanto eu posso dizer, uma dieta saudável com 35 por cento de gordura, PUFA <MUFA <SFA. Apenas 15 dos 69 originalmente completaram o estudo. Quanto aos resultados,
As pressões sistólica e diastólica foram reduzidas significativamente por ≈6% durante o período em que os indivíduos estavam consumindo 3 refeições/dia do que quando eles estavam consumindo uma refeição/dia. Não foram observadas diferenças significativas na frequência cardíaca e temperatura corporal entre os dois regimes de dieta. A fome era enormemente maior no grupo de uma refeição/dia do que no de três refeições/dia. "O grupo de 1 refeição/dia foi significativamente maior para a fome (P = 0,003), desejo de comer (P = 0,004) e consumo prospectivo (P = 0,006) do que foi o grupo de 3 refeições/dia. Sentimentos de saciedade foram significativamente menores (P = 0,001) no 1 refeição/dia do que no 3 refeições/dia." O peso corporal caiu apenas dois quilos depois de vários meses. O cortisol caiu, mas o colesterol total, LDL e HDL foram 11,7%, 16,8%, e 8,4%, respectivamente, em indivíduos que consumiram uma refeição/dia do que os que consumiram 3 refeiçõe/ dia.
Em suma: os paciente que comiam uma refeição/dia estavam descontentes, com fome, perderam pouco peso, aumentaram o colesterol. Esta foi uma pequena amostra, incluído mulheres na ~menopausa e todas as pessoas de peso normal.
Com tudo isso dito, é isso. Isso é tudo o que existe. As mulheres não têm muito para onde ir. Em primeiro lugar, dois estudos com roedores analisaram dias alternados de jejum em ratos machos e fêmeas e encontraram alterações hormonais negativas significativas que ocorrem nas fêmeas. Em segundo lugar, os estudos em humanos de dias de jejum alternados não foram realizados em mulheres em idade reprodutiva, nem tem qualquer estudo analisando respostas reprodutivas ao jejum. Em terceiro lugar, os poucos estudos que têm sido realizados em mulheres não-obesas têm demonstrado que as suas respostas metabólicas não são tão robustas quanto as dos homens e podem, de fato, ser antagônicas à sua saúde.
Este post foi concentrado em respostas específicas do sexo para o jejum. Outra distinção importante a se fazer é entre pesos diferentes. Os pacientes com sobrepeso e obesos parecem experimentar melhorias significativas com regimes de JI, mas os pacientes com peso normal não mostram os mesmos benefícios no geral. Para as mulheres isso pode ser uma questão particularmente sensível. As mulheres com sobrepeso podem experimentar benefícios metabólicos, enquanto que mulheres com peso normal não. Eu suspeito que esse possa ser o caso mais ou menos, mas quem sabe. Honestamente, ninguém.
A solução, então, para avançar, é olhar para as opções, ser honesto sobre as prioridades e ouvir o próprio corpo com consciência e amor. Vale a pena tentar o jejum se uma mulher está acima do peso e está tentando melhorar seus marcadores metabólicos e até agora não tem tido muito sucesso? Talvez. Deve ser tentado se uma mulher tem um peso normal? E se ela ficar com o sono leve? E se sua menstruação começar a ficar desregulada? Ou parar? E se ela começa a ter acne, aumentar o apetite ou perder seu apetite por completo? Essas coisas acontecem e eu as vejo em mulheres que jejuam e falam comigo toda hora.
Nós mulheres (pessoas!) devemos ser honestas conosco sobre as nossas prioridades e agir constantemente com a nossa saúde física e mental, acima de tudo em nossas mentes. Todas as mulheres são diferentes. Mas a literatura é tão escassa nesta área que não podemos fazer quaisquer declarações reais ou previsões sobre os efeitos do jejum, já que nós simplesmente não sabemos e devemos continuar a enfatizar a centralidade da consciência, cuidado e nutrição com amor para avançar.
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